7º Connect Caminhos para o Futuro da FFP aborda planejamento financeiro a longo prazo
Ana Laura Magalhães, Marcos Silvestre e Eduardo Giannetti falaram sobre estratégias para garantir um futuro próspero.
O Connect Caminhos para o Futuro, tradicional evento promovido pela Fundação Família Previdência (FFP), realizado nesta quarta-feira (25/11), ao vivo e online, teve como principal tema as novas perspectivas econômicas em um mundo em transformação, especialmente após a pandemia de covid-19, com apresentação da jornalista Dalva Bavaresco.
Em sua fala de abertura, o presidente da FFP, Rodrigo Sisnandes Pereira, destacou a relevância cada vez maior de formar boas reservas para viver com mais tranquilidade após a aposentadoria, especialmente por conta do aumento da longevidade. Comentou o quanto 2020 tem sido desafiador e o que pode ter de consequência. “Uma crise sanitária vira crises financeira e política. Para conter seus efeitos, o governo precisou fazer gastos, o que pode significar antecipação de uma nova Reforma da Previdência”, afirmou. Rodrigo, destacando que a preocupação maior deste momento deve ser a sustentabilidade para futuras gerações.
A especialista em investimentos e influenciadora digital Ana Laura Magalhães ressaltou que não há no Brasil uma cultura de investimento e que poupar não é o mesmo que investir. Criadora do canal Explica Ana no Youtube e no Instagram, com mais de 200 mil seguidores, Ana explicou que as pessoas têm uma falsa segurança com relação a opções conservadoras, como a própria poupança, destacando que essas podem ter risco se o banco, por exemplo, quebrar. Ela ressaltou que o brasileiro não costuma investir, e dos que o fazem, 95% é através de bancos. Nos Estados Unidos, 98% investem por meio de instituições financeiras independentes. Ana falou sobre alternativas como CDB’s, fundos e tesouro direto e destacou que não há limite mínimo para se buscar investir com mais retorno.
“Temos que gastar menos do que se ganha e as reservas não podem ser só de emergência. É preciso diversificar os investimentos, e passar a pensar no futuro”. Ela concluiu com uma dica simples, mas valiosa. Você deve se fazer três perguntas para começar. O quanto quer investir, por quanto tempo e qual a sua tolerância ao risco.
O especialista em educação financeira e previdenciária Marcos Silvestre reforçou a mesma abordagem : “Inicie já a sua reserva previdenciária. A de emergência é boa, a previdenciária é divina”, salientou. Para tornar os sonhos realidade, Silvestre aconselhou que as pessoas assumam o controle e o protagonismo da vida financeira para poder vislumbrar o futuro. Para isso, o economista elencou 10 passos: entender o dinheiro, fincar o pé no chão, fazer um planejamento, gastar da maneira correta, poupar com disciplina, aplicar com sabedoria, acumular reservas, ter paciência, concretizar sonhos e partilhar.
“É um caminho. É preciso entender o dinheiro para pensar no poder que ele tem, fincar o pé no chão para saber que ele é proveniente de trabalho, fazer um planejamento para ter controle para hoje, amanhã e depois, fazer bons gastos focando menos em coisas e mais em experiências, com dívidas prudentes como as de bens, poupar para poder gastar com tranquilidade no futuro, aplicar em bons produtos para multiplicar, dar tempo ao tempo para acumular reservas e colher o resultado, com a concretização de metas e a partilha com aqueles que estiverem ao redor. Seguir o modelo pode ocasionar uma vida boa, longa e próspera, objetivo de todos”, explica Silvestre.
Na última palestra do dia, o escritor e economista Eduardo Giannetti abordou o momento demográfico da população brasileira, a cultura da poupança e economia comportamental para encerrar o o 7º Connect Caminhos para o Futuro. Giannetti comentou que o ato de ver antecipadamente, significado literal da palavra previdência, ajuda a agir estrategicamente e a tornar o tempo um aliado.
“Existem dois conceitos de trocas intertemporais, a posição credora – pagar agora e viver depois – e a posição devedora – viver agora e pagar depois. Em um, o juro é a recompensa, em outro, pode custar o preço da inadimplência, e nenhum está errado, há momentos que justificam se estar na posição devedora. Mas, se se tem a mentalidade de poupar desde cedo, o resultado no futuro pode ser surpreendente e espetacular”, salienta.
Na tarde desta quinta-feira (26), o Seminário Econômico terá três palestras sobre as perspectivas para os cenários macroeconômicos e políticos em 2021. A programação terá as participações de Silvio Cascione, Samuel Pessôa e Mailson da Nóbrega.
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