Coronavírus e crise do petróleo reduzem retorno dos investimentos
Fundação manterá posições, aproveitando melhores oportunidades de compra. Momento é para o participante investir mais no plano previdenciário.
Em 2019, a Fundação Família Previdência obteve uma das maiores rentabilidades dos últimos cinco anos, chegando a 20,87% de retorno nominal na carteira consolidada dos investimentos. Nos dois primeiros meses de 2020 a tendência de alta não se manteve, gerando resultados abaixo das expectativas e com perspectivas desfavoráveis também para o mês de março. A rentabilidade acumulada de janeiro a fevereiro foi negativa, de 0,93%. O segmento de renda fixa, composto principalmente por títulos públicos federais, teve retorno positivo de 0,86% enquanto no segmento de renda variável, ações em bolsa de valores, o resultado foi negativo de 7,6%.
Fortes quedas nas bolsas de valores pelo mundo e no Brasil puxam para baixo o desempenho dos investimentos. A bolsa brasileira teve queda de 8,4%, em fevereiro e a tendência de baixa continua em março. Na segunda-feira (09/03), registrou queda de 12,17%. Na quinta-feira (12/03) apresentou o pior resultado desde 1998, com queda de 14,78% em um único dia. Os mercados estão vivendo momentos de tensão nesse primeiro trimestre por causa da pandemia de coronavírus que se alastra pelo mundo e pela queda do preço do petróleo que despencou quase 50% desde o início do ano. A guerra de preços causada pela tensão entre Rússia e Arábia Saudita é mais um ingrediente nesta conjuntura turbulenta, puxando as ações das petroleiras para baixo. Os papéis da Petrobras chegaram a cair mais de 50% desde o começo de 2020. Companhias aéreas também tiveram grandes quedas nos preços das ações, na casa dos 70%.
As medidas de contenção à escalada do coronavírus paralisam a atividade econômica em todos os setores. Enquanto a China já demonstra maior controle sobre o alastramento do Covid-19, declarando o término do pico de surto da doença, outras nações como a Itália, Coreia do Sul e Irã apresentam mais casos de contaminação. No Brasil, até a publicação desta matéria, havia mais de 200 casos positivos e 1,9 mil suspeitas. A Organização Mundial da Saúde já declarou que estamos diante de uma pandemia. Há 153 mil casos, em mais de 100 países.
Perspectivas da Fundação
Em meio à turbulência dos mercados provocada pelo coronavírus e pela crise de preços do petróleo, a Fundação Família Previdência mantém suas posições como investidor de longo prazo. A entidade possui cerca de 20% de seus investimentos em ativos de Renda Variável e 74% em ativos de Renda Fixa. “O perfil de nossa carteira de investimentos, por conta da natureza de longo prazo dos compromissos previdenciários, é conservador. Nesses momentos de turbulência dos mercados, avaliamos as melhores oportunidades para comprar ativos mais baratos que vão dar retorno no longo prazo. Oscilações pontuais nos preços dos ativos financeiros vão ocorrer, mas a tendência, no longo prazo, é de valorização”, afirma Gilberto Gischkow Valdez, Diretor Financeiro da Fundação. Nos últimos 15 anos, mesmo com crises como a de 2008, recessão brasileira e greve dos caminhoneiros, a rentabilidade consolidada da Entidade foi de 546%, enquanto o CDI acumulado no mesmo período foi de 382,38%. O CDI é um índice utilizado como referência em investimentos. “Este é o momento para o participante investir mais em seu plano previdenciário, aproveitando que as cotas estão mais baratas para garantir retornos mais robustos ao longo do tempo”, recomenda Rodrigo Sisnandes Pereira, Diretor-Presidente da Fundação.