Investidores de longo prazo superam crises
Fundação já enfrentou várias crises que afetaram a economia nacional e mundial nos últimos anos, mantendo excelentes retornos dos investimentos no longo prazo.
Nos últimos 40 anos, a Fundação Família Previdência atravessou com maestria crises de alto impacto econômico e social, vindo a se tornar a maior entidade de previdência complementar do Rio Grande de Sul e uma das maiores do Brasil. Mesmo com alguns solavancos pontuais, a rentabilidade acumulada, nos últimos 15 anos (2005-2019), foi de 546,1%, muito superior ao CDI, índice de referência do mercado que foi de 382,3% e à poupança que rendeu apenas 174,8% no mesmo período.
A seguir, apresentamos um resumo das grandes crises mais recentes que afetaram os investimentos em todos os segmentos da economia no âmbito nacional e mundial.
1997: Crise dos Gigantes Asiáticos. Em julho daquele ano a moeda tailandesa se desvalorizou. Logo depois caíram as de Malásia, Indonésia e Filipinas, repercutindo também em Taiwan, Hong Kong e Coreia do Sul. O efeito desses recuos arrastou as outras economias da região, convertendo-se posteriormente na primeira crise em escala global. O FMI elaborou uma série de pacotes de resgate para salvar as economias mais atingidas e promoveu várias reformas estruturais. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 43% durante este período.
2000: Crise das pontocom. Os excessos da nova economia deixaram um rastro de quebras, fechamentos, compras e fusões no mundo da internet e das telecomunicações, e também um grande buraco nas contas das empresas de capital de risco. Em apenas três anos, a crise apagou do mapa quase cinco mil companhias e algumas das maiores corporações do setor de telecomunicações, vítimas dos maiores escândalos contábeis da história. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 22% durante este período.
2001: Torres Gêmeas. Os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas em Nova York e o Pentágono em Washington, que deixaram um balanço de cerca de três mil mortos, provocaram também queda nas bolsas. O índice Nikkei de Tóquio caiu mais de 6%, e os pregões europeus tiveram fortes recuos que levaram os investidores a buscar refúgio no mercado do ouro e em bônus do Tesouro americano. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 16% durante este período.
2008-2009: A Grande Recessão. Os EUA sofreram a maior crise financeira desde os anos 1930, consequência de um relaxamento na avaliação do risco de ativos. O mau momento contagiou o resto do mundo. O detonante foi a explosão de uma enorme bolha imobiliária, que revelou que os bancos tinham estendido hipotecas lixo (subprime) a pessoas sem condições de pagá-las, com a expectativa de que o preço dos imóveis seguisse subindo. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 57% durante este período.
2009-2010: Crise da dívida na Europa. O novo Governo da Grécia reconhece que o déficit do país é muito superior ao revelado anteriormente, o que altera o interesse nos mercados por seus bônus. União Europeia (UE) e FMI negociam durante meses um programa de ajuda, enquanto os investidores continuam castigando a Grécia. E, em maio, finalmente aprovam um plano de resgate dotado de 110 bilhões de euros (US$ 140 bilhões) para os próximos três anos. Então, os mercados já começam a duvidar da capacidade de outros países europeus de pagar sua dívida. O contágio da ansiedade afeta em particular Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, e afunda o valor do euro. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 16% durante este período.
2014 – 2015 – 2016: Crise da nova matriz econômica. Os anos de 2014, 2015 e 2016 foram marcados pelo baixo crescimento econômico brasileiro. O Produto Interno Bruno – PIB brasileiro foi 0,50%, -3,55% e -3,28%, respectivamente, gerando desconfiança dos agentes econômicos. Por esse e outros motivos, ao longo de 2015, 50 pedidos de impeachment foram protocolados na Câmara dos Deputados contra a então Presidente. No dia 2 de dezembro de 2015, um dos pedidos foi acolhido pela Câmara, sob a acusação de que o então governo teria ordenado a edição de créditos suplementares sem a autorização do Senado, bem como realizado operação de crédito com instituição financeira controlada pela União. Por fim, o processo culminou no impeachment da então Presidente no dia 31 de agosto de 2016. O mercado financeiro atravessou períodos de desconfiança e volatilidade ao longo destes três anos.
2018: Greve dos Caminhoneiros. A paralisação dos caminhoneiros em 2018 causou graves impactos na economia brasileira, como indisponibilidade de combustíveis e desabastecimento de alimentos. Os grevistas se manifestaram contra os reajustes frequentes e sem previsibilidade mínima nos preços dos combustíveis, principalmente do óleo diesel, realizados pela estatal Petrobras com frequência diária, pelo fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso. A bolsa brasileira teve queda de aproximadamente 19% durante este período.